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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Comer em Casa

Comer em casa ainda é mais barato do que comer na rua

 
 

Números recentes da inflação mostram que custo de fazer refeição em casa subiu mais do que o custo de comer o mesmo prato no restaurante.

 
O preço da comida está apertando o bolso do brasileiro. Números recentes da inflação mostram que o custo de fazer uma refeição em casa subiu mais do que o custo de comer o mesmo prato no restaurante. O Fantástico resolveu fazer um teste e convidou duas famílias: uma de São Paulo e outra do Rio.
A família Amorim você já deve conhecer. Em 2009, eles ralaram para aprender a economizar e ficar no azul. A filha mais velha, Ingrid, ficou responsável pelas finanças da família por um mês. Eles toparam participar do novo desafio, comparar item por item de uma refeição para saber: afinal, será que comer em casa aumentou tanto de preço que ficou mais caro do que comer na rua?
Sabe quem vai ajudar os Amorim de novo? Luiz Carlos Ewald, o Senhor Dinheiro, nosso especialista em economia. Ele também vai dar uma mãozinha nos cálculos da Família Dantas, de São Paulo.
No prato dos Amorim, vai ter bife, arroz, feijão e salada. “O tomate está mais barato, né? O pessoal estava xingando o bichinho de tudo que era nome”, diz Monica.
“O preço do tomate variou por causa da chuva, dos temporais, da seca. Então, subiu muito? Não compra. Espera baixar de novo. Por isso, aos poucos, ele vai voltar pros preços da realidade”, explica o Senhor Dinheiro.
Em São Paulo, Norberto está atento aos preços. “Tem uma promoção aqui”, aponta. Ele e a mulher, Inês, vão preparar uma pizza de calabresa. Tudo comprado, é só pôr a mão na massa. Mais dez minutos no forno e a pizza da Inês está no ponto.
Enquanto isso, no Rio, é bom lembrar que a Monica nunca foi lá muito amiga das panelas.
Quatro anos depois da série do Fantástico, muita coisa mudou na vida do Wellington, da Monica, da Ingrid e da Bruna.
“Como vão as contas aí? Sob controle?”, pergunta Ewald.
“Controladas, controladas”, responde Monica.

Deu até pra reformar a casa. “Nós conseguimos fazer tudo isso em pouco tempo depois que começamos a controlar mais as coisas”, diz Wellington.
Todo mundo comendo, que delícia! E aí, Senhor Dinheiro, vamos calcular?
Em São Paulo, Norberto e Inês compraram os seguintes ingredientes: massa (R$ 1,34), cebola (R$ 0,83), azeitona (R$ 4,65), molho de tomate (R$ 0,46), linguiça (R$ 4) e queijo (R$ 3,45). E gastaram ainda mais R$ 0,46 de gás para cozinhar. Para fazer a pizza em casa, o total gasto foi de R$ 15,19.
O cálculo dos gastos da família Amorim é um pouco mais complexo. Por quê? Tiveram que comprar um quilo de arroz e um quilo de feijão. Podiam ter comprado até um pouco mais barato, mas tudo bem. E o que sobrar, vai servir depois para comer. Vamos usar somente as quantidades para o consumo nesse prato. Foram 125 gramas de arroz (R$ 0,32), 122 gramas de feijão (R$ 0,53), quatro bifes de picanha (R$ 9,52), meia alface (R$ 0,85), um tomate (R$ 0,95) e uma cenoura (R$ 1,33). “Fiz também um cálculo aproximado dos temperos, porque 500 ml de azeite dura muito tempo, não gastaram quase nada”, diz Ewald. Também teve bebida e gás. Ao todo, a janta carioca feita em casa custou R$ 19,05.
Agora vem a segunda parte do teste: vamos para a rua.
Os Amorim e o casal Dantas comeram os mesmos pratos que haviam preparado em casa e nas mesmas quantidades. Será que doeu no bolso?
A família Amorim foi num restaurante a quilo. O preço cobrado era de R$ 30,90 por quilo. Eles gastaram R$ 41,84, incluindo dois refrigerantes e um suco. “Isso é mais do que o dobro do que foi gasto dentro de casa”, aponta o Senhor Dinheiro.
A pizza paulista da família Dantas custou perto R$ 15 e, na rua, R$ 27. Mais as bebidas e o serviço, R$ 37,40, duas vezes e meia o preço da pizza.
Mas por que o preço da mesma comida é tão diferente em casa e na rua?
“A pizza em si é mais barata do que na sua casa. Para compor o preço da pizza, a gente tem que incluir uma série de despesas. 40% é a mercadoria, 25% é a parte dos funcionários, e os outros 35% a gente embute água, luz, telefone, os impostos”, explica Alberto Amaro dos Santos, dono de pizzaria.
Comer fora é mais caro, mas também é mais prático. “A família tem que lembrar também que é bom um pouquinho de lazer. Ir no final de semana, comer em um shopping um pouquinho mais caro, não faz mal para ninguém. É para isso que a gente economiza”, destaca o Senhor Dinheiro.
E tem outras vantagens, né, Monica? “Eu ia ter que juntar os pratos e lavar a louça, porque ela vai ficar sorrindo para mim mesmo”, brinca ela.
“Depois desse papo todo, dessa constatação, o que vocês vão fazer agora, vão comer fora ou vão comer aqui?”, pergunta Ewald.
“Hoje é sábado, não dá para ficar em casa não”, responde Monica.
“Eu vou se vocês pagarem para mim”, diz Ewald.

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/05/comer-em-casa-ainda-e-mais-barato-do-que-comer-na-rua.html
 

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