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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Saiba o Segredo do Bolo de Rolo Pernambucano

 

Patrimônio cultural de Pernambuco, doce chegou ao Brasil em meados do século 16.

 
 
 
 
 
 



Ir a Pernambuco e não comer bolo de rolo é um desperdício. Uma das tentações mais famosas do Estado nordestino, o doce tem, na verdade, origem portuguesa. No entanto, entre os lusitanos, é chamado de colchão de noiva.

Ao ver a foto ao lado, você deve pensar: é um rocambole. À primeira vista, parece, sim. Mas não é. E ai de quem dizer o contrário! Esse equívoco pode despertar a ira dos defensores mais enérgicos.
Na versão original de Portugal, levava recheio de amêndoas. Mas, por aqui, as senhoras de engenho acrescentaram um toque tropical e passaram a prepará-lo com goiabada.

Desde o século 16, quando chegou ao Brasil, foram incorporadas outras opções para recheá-lo. Além das duas originais, é possível usar creme de avelã e brigadeiro, sugere Ana Cláudia Frazão, professora de gastronomia da Faculdade Maurício de Nassau, do Recife.


Aprenda a enrolar o rocambole sem risco de quebrá-lo.

A diferença essencial entre os dois doces, conta Ana Cláudia, é a delicadeza e a técnica necessárias na hora de montar o bolo-de-rolo. Para quem vê, o resultado também é diferente: as camadas intercaladas de massa e recheio são bem mais finas e em maior quantidade na sobremesa nordestina.
 
- No Recife, seu preparo ainda é seguido à risca. Em outras regiões brasileiras, não é tão próximo do original português. É possível encontrá-lo em versão mais grosseira, que, inclusive, é confundida com rocambole.
Outra coisa fundamental é usar uma forma especial para assar o bolo, mais fininha. Cada massa, depois de assada, é usada para construir as camadas.

Patrimônio Cultural e Imaterial

 
A importância do doce é tanta no Pernambuco que a receita tradicional é considerada um patrimônio cultural e imaterial do Estado, lembra Tânia Bastos, chef e professora do curso de gastronomia do Senac local. Ela explica que a quantidade de recheio pode influenciar na montagem da delícia.

- É necessário dosar a quantidade que será utilizada na receita. Como a massa é bem fininha, quanto mais recheio levar, mais difícil vai ser para enrolar. Vale tomar cuidado com doces muito resistentes ou muito molhados. O mais indicado é conseguir uma textura cremosa, para não arrebentar a massa.

Segundo Ana, outra diferença básica é que, enquanto algumas receitas de bolo-de-rolo trazem leite, o verdadeiro rocambole doce nunca leva esse ingrediente.

- Para obter um melhor resultado no feitio, é necessária atenção especial à temperatura do forno. A massa deverá ser assada a 180ºC. Assim que estiver pronta, deve ser imediatamente removida do forno. Isso facilita que não resseque e possa ser “enrolada” sem dificuldade com a goiabada.
 
 
 
 
 
 
Aprenda a fazer um doce cheio de histórias:
Ingredientes 250 g de açúcar
250 g de manteiga sem sal
5 ovos
250 g de farinha de trigo
½ lata de goiabada derretida em um pouco de água
Modo de preparo Bata o açúcar e a manteiga. Depois, junte as gemas - uma de cada vez - e acrescente as claras batidas em neve. Em seguida, despeje a farinha de trigo (peneirada) e misture tudo delicadamente.

Divida, então, a massa em duas metades. Asse uma das partes em uma assadeira quadrada e bem rasa untada com manteiga e trigo em forno preaquecido (180ºC). Quando o bolo estiver dourado, desligue o forno. Não espere esfriar para tirá-lo da forma. Use uma toalha polvilhada com açúcar refinado como apoio.

Em seguida, passe a goiabada derretida sobre a superfície do bolo, enrolando-o rapidamente, mas com muita delicadeza. Cuide para que fique bem firme.

Repita o mesmo processo com a segunda parte da massa. Depois de montado, polvilhe com açúcar. Pronto, você terá dois lindos bolos de rolo.

 
 
 

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