Brasileira cria macarrão com farinha de banana verde sem glúten
Farinha de banana verde
O produto custa três vezes menos do que o macarrão para celíacos vendido nos
supermercados e pode ser fabricado em casa.
A pesquisa mereceu destaque na edição desta semana da revista científica
Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.
Macarrão sem glúten
Renata Zandonadi começou sua receita de macarrão para celíacos preparando a
polpa de banana verde, que foi cozida, triturada e desidratada para gerar a
farinha.
As três tentativas tiveram sucesso.
O macarrão, do tipo fettucine, com farinha de banana verde apresentou uma
redução de lipídios de 98%, mais fibras e uma redução de 8,5% do valor
energético total, se comparado ao macarrão integral vendido em supermercado.
Além disso, a banana verde possui amido resistente, uma substância que
auxilia na redução de colesterol, promove mais saciedade e regulação do índice
glicêmico. "É rico em fibras, vitaminas e minerais. Houve uma melhora
nutricional e, principalmente, redução de gordura", diz Renata.
Aproveitamento das bananas verdes
A receita foi avaliada por 25 celíacos e 50 pessoas não portadoras da doença.
O grupo não percebeu diferenças na aparência, aroma, sabor, textura e qualidade
do produto em relação ao macarrão tradicional.
O trabalho está em processo de patenteamento para ser colocado no
mercado.
O estudo de Renata também ajudará a aproveitar uma parte da colheita de
banana que hoje é desperdiçada.
Durante o processo de colheita e comercialização, os cachos apresentam vários
níveis de maturação e as bananas verdes vão para o lixo. Cerca de 60% da
produção é descartada em algumas regiões.
Doença celíaca
A doença celíaca caracteriza-se por uma intolerância permanente ao consumo do
glúten, proteína presente em alimentos como farinha de trigo, aveia, cevada e
centeio.
Mas os produtos sem glúten são caros. Um pacote de 500g de macarrão de arroz
ou fécula de batata custa entre R$ 4 e R$ 20.
Já 100g do macarrão com farinha de banana criado por Renta, custou R$
0,52.
"Temos uma grande necessidade de ter dietas e produtos alternativos para os
celíacos. Só 47% deles conseguem aderir à dieta. A grande queixa é a pouca opção
de alimentos", disse Lenora Gandolfe, membro da equipe.
Fonte: www.unb.br
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