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terça-feira, 19 de junho de 2012

Adoçantes Artificiais

Como adoçantes artificiais podem aumentar a ingestão alimentar

    
Diversos estudos têm buscado investigar a associação entre o consumo de bebidas contendo adoçantes artificiais, como refrigerantes, a malefícios à saúde. Associações como o consumo de refrigerantes contendo adoçantes artificiais e ataque cárdico e derrame ou até mesmo associações entre o consumo destas bebidas a uma maior circunferência da cintura tem sido encontradas. No entanto, através destes estudos, os cientistas não conseguiram comprovar se os refrigerantes contendo adoçantes artificiais realmente são as causas destes males e os estudos se mostraram inconclusivos.
Porém, recentemente, um estudo clareou as evidências no campo das pesquisas com adoçantes artificiais. Ele sugere um mecanismo pelo qual os adoçantes artificiais, como a sacarina e o aspartame, os quais são encontrados em refrigerantes diet e light, por exemplo, enganam o nosso cérebro, o impossibilitando de controlar a ingestão de energia. O estudo foi realizado com 24 pessoas, das quais metade eram consumidores habituais de refrigerantes diet ou light, os ingerindo no mínimo uma vez ao dia, e a outra metade não os consumia. Todos participantes foram submetidos a um aparelho de escaneamento de seus cérebros e ingeriram alternadamente água contendo adoçante natural e água contendo adoçante artificial.
Através deste estudo, os cientistas acreditam que encontraram a razão pela qual os adoçantes artificiais podem promover um maior consumo de alimentos. Foi observada uma diminuição na ativação de uma área do cérebro conhecida como núcleo caudado, a qual é responsável pela recompensa e pelo controle da ingestão alimentar e da motivação para comer, conforme havia o aumento do fornecimento de adoçantes artificiais. Os cientistas também chamam a atenção para o fato de que estudos já mostraram a associação entre a diminuição na ativação desta área do cérebro e o aumento do risco para obesidade.
Um dos pesquisadores explica que o cérebro normalmente utiliza um mecanismo para regular a ingestão alimentar que relaciona o sabor doce ao consumo de calorias. Porém, quando um alimento doce não confiável (como os adoçantes artificiais) é ingerido e o cérebro não consegue fazer esta ligação, este mecanismo de reconhecimento se torna confuso e aprende a ignorá-la, não associando mais o sabor doce ao fornecimento de calorias.
É importante ressaltar que este é um estudo de pequena escala, o que abre portas para erros. Porém, mesmo assim, é a mais recente pesquisa científica sugerindo o mecanismo pelo qual pode existir a ligação entre o consumo de refrigerantes diet e light e problemas de saúde, como a obesidade.
Referência- matéria e imagem: baseado em matéria de Paul Kedrosky para o “The Atlantic”. Junho de 2012. Disponível em: http://migre.me/9wCxs


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