Fuja
dos principais perigos na hora de enxugar as medidas
Cuidado com a pressa para perder peso. Alguns métodos
podem colocar sua saúde em sério risco
Sabe aquelas pessoas que vivem descobrindo o melhor
jeito de desinflar os pneus em tempo recorde?
Elas
muitas vezes emagrecem, mas logo recuperam o peso -- ou ganham até mais do que
tinham no começo. Dos males, esse é, de longe, o menor. A maioria desses
métodos milagrosos põe em risco a saúde do seu inocente e crédulo adepto.
A
primeira coisa que devemos levar em conta no processo de emagrecimento é a
velocidade com que o nosso organismo queima gordura.Eliminar mais de um quilo
por semana, na maioria das vezes, significa que estamos perdendo muito mais do
que gordura.
Quando
não há tempo suficiente para se adaptar às mudanças, o corpo reage de forma
negativa. E é assim que aparecem os problemas. Segundo ela, a perda acelerada
de peso pode comprometer o fígado, causar anemia, mal-estar e fraqueza e até
pedras na vesícula.
Veja a seguir os principais erros cometidos por aí para
afinar a cintura:
Pular refeições e
comer o mínimo possível
Aquele velho conselho de fechar a boca para emagrecer
ficou pra lá de caduco. Sem alimento, o corpo entende que o indivíduo está
passando por um momento de necessidade e diminui o dispêndio de energia,
armazenando mais gordura para usar quando requisitado. Precisamos nos alimentar
a cada 3 horas para que os níveis de glicose no sangue fiquem sempre
equilibrados e o metabolismo ativo. Além disso, ficar muito tempo sem comer
pode provocar tontura, dor de cabeça e falta de concentração, entre outros
inconvenientes provocados pela hipoglicemia, a queda das taxas de açúcar na
circulação.
Dietas muito restritivas
Elas geralmente eliminam um ou mais nutrientes do
cardápio e isso, claro, não é saudável. O correto é balancear a alimentação com
carboidratos, proteínas e gorduras,
escolhendo as melhores opções, nas quantidades adequadas. A restrição faz o
corpo entrar em desequilíbrio, dificultando a perda de gordura. Um dos maiores
problemas que essas privações podem causar é a deficiência de minerais
importantes como cálcio, ferro, magnésio e fósforo. Sem contar as vitaminas.
Esses micronutrientes são fundamentais nas reações do metabolismo, inclusive na
queima dos estoques gordurosos. Além disso, que quem adota esses métodos
radicais dificilmente consegue segui-los por muito tempo e acaba se deparando
com o famoso efeito sanfona.
Vômitos e uso de laxantes ou diuréticos
Estudos mostram que o vômito não faz a pessoa eliminar
os quilos extras e não impede a absorção do que se ingeriu. Ocorre apenas
eliminação de água, o que ainda pode levar à desidratação. O mesmo acontece com
as pessoas quem lançam mão de laxantes e diuréticos para afinar a cintura. Há
perda de líquido e sais minerais, importantíssimos para o bom funcionamento do
organismo. Esses remédios podem provocar
desidratação, redução dos níveis de
potássio, cálcio e magnésio no sangue. O indivíduo pode apresentar
arritmias cardíacas, fraqueza muscular e até ter uma parada cardíaca.
Excesso de exercícios
Praticar todos os dias o mesmo esporte gera fadiga
osteomuscular e facilita o aparecimento de lesões. A falta de intervalo entre
um treino e outro também é prejudicial. O processo anabólico - ganho de massa
muscular, fortalecimento ósseo e perda de gordura - ocorre quando estamos
descansando. Se não respeitarmos esse tempo, entramos em um processo inverso,
que é conhecido como catabolismo. Nesse caso, perdemos massa muscular de
maneira generalizada, inclusive cardíaca, e aumentamos o estímulo para o
depósito de gorduras. Pode-se praticar atividade física vários dias seguidos,
sim, desde que as modalidades e a intensidade sejam variadas. Por exemplo:
segunda, musculação; terça, corrida mais longa; quarta, natação; quinta, musculação;
sexta, corrida mais rápida com um tempo de duração mais curto; e sábado:
natação. Domingo é descanso.
Medicamentos
Cuidado. Remédios para emagrecer só podem ser consumidos
após avaliação médica e com prescrição. Muitos deles provocam sérios efeitos
colaterais, como boca seca, insônia, taquicardia, ansiedade, constipação, suor
excessivo, aumento da pressão arterial e esteatorreia (fezes com gordura). É
muito importante pesar a relação custo-benefício se esse for o recurso a ser
usado na perda de peso.
Atividade física em jejum
Malhar com o estômago vazio pensando em ter menos o que
queimar é uma grande furada. Nenhuma máquina funciona sem combustível. E o do
nosso corpo está nos alimentos. Sem eles, organismo se defende reduzindo o tecido que
gasta energia - leia-se músculo - e preservando as reservas, ou seja, gordura.
Portanto, diferentemente do que muitos imaginam, o jejum engorda.
Ingestão de álcool
A drunkorexia existe e está cada vez mais presente,
principalmente entre as mulheres, que trocam refeições por bebidas alcoólicas.Essa
estratégia é perigosíssima, uma vez que diminui a oferta de substâncias
essenciais para o bom funcionamento do organismo. O álcool fornece calorias (7
kcal/g), mas nenhum nutriente. São as chamadas calorias vazias. Isso acarreta
problemas gastrintestinais e até imunológicos, e deixa a pessoa mais vulnerável
a doenças como pneumonia, tuberculose e até câncer.
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