Escher com 15 anos, 1913
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Maurits Cornelis Escher nasceu a
17 de Junho de 1898 em Leenwarden (cidade no norte da Holanda). Filho de Sarah
Gleichman e de George Arnold
Escher, engenheiro civil, é encorajado desde cedo a aprender
algumas artes ligadas à carpintaria. Mauk (como era tratado pela família)
desenvolve rapidamente o gosto por trabalhos com madeira, aprendendo técnicas
que mais tarde lhe serão muito úteis, nomeadamente a xilogravura.
Aos 13 anos dá
entrada numa das escolas secundárias de Arrnheim para onde se havia mudado em
1903 com os pais. Era um aluno relativamente fraco, o que explica que não tenha
conseguido obter o diploma final quando sai em 1918.
Neste espaço de
tempo, e na companhia de um amigo, vai fazendo lineo-gravuras. O seu primeiro
trabalho - Pássaro numa gaiola - data de 1916, e não foi apreciado pelos seus
professores.
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Apesar de ter gostado de Espanha,
Escher não esqueceu Itália e passados dois meses aí regressou. Primeiro,
instalou-se em Siena mas, em Março de 1923, foi para Ravello, no sul de Itália,
onde conheceu Jetta Umiker com quem viria a casar.
Datam desta época, fins de 1922 e
inícios de 1923, as primeiras xilogravuras de paisagens italianas. Em Junho do
mesmo ano regressou a Siena onde, em Agosto, expôs, pela primeira vez
individualmente, os seus trabalhos. Em Fevereiro do ano seguinte expõe na
Holanda onde viria a fazer inúmeras exposições dos seus trabalhos.
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na
Suíça, onde viria a viver pouco tempo. A paisagem parecia-lhe monótona e pouco
inspiradora. Dizia mesmo “...detestável, branca miséria de neve...” (cit. in Locher, 1993, p.47). Assim, passados dois anos, e depois de ter feito uma
viagem acompanhado da esposa revesitando alguns países como Espanha, França e
Itália, mudou-se com a família para Ukkel na Bélgica, onde passados três anos
foi pai pela terceira vez.
O ano de 1939 foi um ano dramático.
Em Junho, Escher perdeu o pai que contava, então, 96 anos. Ainda não recomposto
de tal perda, foi fustigado por mais uma tragédia familiar. Desta feita, em fins
de Maio de 1940, perdeu a Mãe!
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Escher
trabalhou sempre com regularidade, excepto quando alguns problemas de saúde o
obrigaram afastar-se da vida artística. Referimo-nos ao período de 1962 a
1970 durante o qual foi submetido a algumas intervenções cirúrgicas.
Mas, mesmo durante esse espaço de tempo,
não esteve inactivo.
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Os Mundos
Impossíveis
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Nesta secção serão
apresentados alguns dos “Mundos Impossíveis” esboçados por Escher, talvez
a parte mais conhecida da sua obra. Como o próprio nome indica, trata-se de
figuras impossíveis, estruturas que sugerem com grande força ser tridimensionais
mas que, efectivamente, não estão construídas a três dimensões. “... esse é
realmente o mérito de Escher, ao misturar o impossível com a realidade, enquadra
as figuras impossíveis num cenário harmonioso que se afirma ‘real’ à vista do
observador...” (A.P.M., 1998, p.20). Sobre estas
figuras Coxeter (1988) nota que, embora não sendo “...matemática em detalhe,
o são em espírito, conduzindo-nos a universos fantásticos e estimulando a nossa
imaginação...” (cit. in Martinho, 1996, p.65).
Côncavo e Convexo
Embora possa, à primeira vista, parecer uma construção simétrica
(o lado esquerdo é quase a imagem reflectida do lado directo), em Côncavo
e Convexo (1955) existem
pormenores de perspectiva atentamente estudados por Escher. A equivalência está
de tal modo conseguida que o dilema: “Afinal, é côncavo ou convexo?” se coloca
de forma extremamente forte a qualquer espectador da obra.
Um ano depois da impressão de Côncavo e Convexo, Escher
escreveu a Ernst:
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Belveder
Inicialmente denominada por Escher como a “Casa Fantasma”,
designação que é repetidamente utilizada nos estudos preliminares, a litografia
Belveder data de 1958.
A alteração deve-se
ao facto de o desenho final nada ter, em si, de fantasmagórico. No entanto, tem
muito de irreal!
Na verdade não pode haver nenhum edifício
como o representado. A figura apresenta uma estrutura arquitectónica incoerente,
resultante da ligação impossível entre os dois pisos, o inferior e o superior.
Exemplo de tal impossibilidade está bem evidenciado na escada de mão, ao mesmo
tempo dentro e fora do edifício, e nos pilares que unem os dois pisos, ao
ligarem a parte da frente com a parte de trás.
Repare-se que o
esquema subjacente a esta construção, está também presente no cubo - Cubo
Impossível - que o rapaz sentado na parte inferior esquerda da gravura tem
nas mãos e que podemos ver abaixo de forma ampliada.
Queda de Água
Escher liga aqui
três tribares, constituídos pelo canal da água e pelos pilares que o sustentam.
De certa forma, está aqui representado também o “infinito”, através do movimento
da água que parece estar continuamente a descer ao longo de um canal cujo termo
coincide com o ponto mais alto e, consequentemente, com o início de uma nova
descida. O que, para todos os efeitos, é impossível.
Escada Acima e Escada Abaixo
Um efeito de certa forma semelhante é conseguido em Escada Acima e Escada Abaixo (1960). Na base desta construção está novamente uma figura de
Penrose
– “Escada de Penrose” – que se caracteriza por uma escada onde
tanto se pode subir como descer sem que, em algum dos casos, se atinja o topo
(no caso de subir), ou o fundo (no caso de descer).
Observando
com atenção a figura, notamos que os monges do lado exterior parecem estar a
subir continuamente uma escada sem que nunca atinjam um ponto mais alto do que
aquele de onde partiram. Ao invés, os monges que circulam pela parte interior
parecem descer incessantemente uma escada que parece não ter fim.
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Descrição:
O Museu Oscar Niemeyer recebe a exposição "A Magia de Escher" a partir de 11 de abril até 11 de agosto de 2013. A mostra é interativa e conta com obras do artista holandês Maurits Cornelis Escher e reúne 85 peças, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles.
Vale apena visitar.
Fonte:
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